Uma UTI lotada de pessoas com covid em estado gravísssimo atendidas por médicos não habilitados, seringas descartáveis reutilizadas e sedação pouco eficaz aplicada em pacientes, que acordavam enquanto eram intubados. As cenas de horror são alvo de investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) na empresa Cure Tratamento em Saúde Ltda, que era responsável pela prestação dos serviços no Hospital Regional Paulo Alemão, em Água Boa ( 730 km de Cuiabá). 2y5o30
Foram identificados três suspostos médicos que não estavam habilitados: Victor Gustavo Barja Oliva, Jéssica da Vera Cruz Sousa e Lydia da Vera Cruz Souza. O trio é acusado de exercício ilegal da medicina e vão responder também por expor a vida ou a saúde de outras pessoas a perigo, associação criminosa e falsidade ideológica.
“Há registros de que um paciente da UTI chegou a ficar sem receber alimentação por até três dias.”diz denúncia do MPMT
Além deles, foram acionados o médico Sebastião Siqueira de Carvalho Júnior e Raquel Guerra Garcia, sócios e es da empresa que istrava a UTI.
De acordo com a denúncia, os es teriam substituído medicamentos de primeira linha por outros que não tinham a mesma eficácia de sedação. Segundo o MPMT, existem relatos de pacientes que teriam ado pela experiência de acordar durante o período em que se encontravam intubados.
De acordo com o MP, para economizar em gastos com materiais, insumos descartáveis como seringas, agulhas, frascos utilizados para as dietas e frascos de soro teriam sido reutilizados pela unidade hospitalar. Há registros de que um paciente da UTI chegou a ficar sem receber alimentação por até três dias.
Denúncia
O promotor de Justiça Luis Alexandre Lima Lentisco, responsável pelo caso, recebeu várias reclamações relacionadas à atuação dos denunciados, que estão sendo investigados nas esferas cível e criminal. Um inquérito policial foi instaurado para apurar a morte de duas pessoas.
Consta na denúncia, que o grupo atuou entre os meses de abril e maio deste ano no Hospital Regional Paulo Alemão. Além de exercer a profissão de médico sem autorização legal, as investigações revelaram que eles inseriram declaração falsa com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
O MPMT destaca ainda que por várias vezes o grupo atuou sem a supervisão do médico responsável local, prescrevendo medicamentos, avaliando pacientes e exames clínicos, bem como realizando procedimentos médicos, como dreno de tórax, o central, intubação e até massagem cardíaca. (Com Assessoria MPMT)
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