Processo que apura a morte da adolescente Emelly Azevedo Sena, 16, segue para a fase de pronúncia da acusada Nataly Helen Martins Pereira. Falta a entrega das alegações finais da acusação, que deve ser feita ainda esta semana, o caso segue para a defesa, e caso não sejam apresentados recursos, Nataly pode ser pronunciada ou não a júri popular. O crime completa 3 meses esta semana. 535e6a
A reportagem, apurou que com as investigações da Polícia Civil concluídas, diversas testemunhas entre médicos, enfermeiras, policiais, delegado, familiares de ambos os lados, como a mãe e o esposo de Emilly, assim como parentes de Nataly, foram ouvidos recentemente em audiência que durou cerca de 14 horas, distribuídas em 3 dias, no Fórum de Cuiabá.
Conforme a advogada Joseilde Soares Caldeira, o memorial de acusação deve ser entregue até esta terça-feira (10) mantendo as 8 qualificadoras do crime. Além da profissional, o promotor Rinaldo Segundo também pediu pela pronúncia. Após manifestações da defesa, o caso, em sequência, deve ser submetido ao juiz do caso Francisco Ney Gayva, da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, que irá definir sobre o julgamento em júri popular.
Nataly já teve exame de sanidade mental negado, assim como foi negada a conversão da prisão preventiva em domiciliar com uso de tornozeleira. A acusada alega que precisaria deixar a cadeia para cuidar de seus 3 filhos, que atualmente estão com o pai.
Foi informado à reportagem que a família de Emelly permanece abalada com o caso, o que quase não permitiu que a mãe da garota fosse ouvida em audiência, dado seu estado emocional sensível. Ela tem ado por tratamento psicológico.
O caso
Conforme noticiado, Emelly Azevedo Sena, 16, saiu de casa no final da manhã do dia 12 de março, no bairro Eldourado, em Várzea Grande e avisou a família que ia para Cuiabá buscar doações de roupa de bebê na residência de um casal. A jovem estava grávida e com gestação avançada, faltando poucas semanas para dar à luz. No entanto, horas depois os familiares perderam contato com a jovem.
Durante a noite da mesma data, uma mulher deu entrada em um hospital da Capital com um bebê recém-nascido, alegando que era seu filho e que tinha dado à luz em casa. Mas, após exames, a médica do plantão confirmou que a mulher sequer esteve grávida e não apresentava sinais de pós-parto. Os profissionais observaram que a criança estava limpa e sem sangramento.
A polícia foi acionada e após investigações, foi constatado que, na verdade, o bebê era de Emelly, morta e enterrada no quintal de residência onde Nataly havia marcado encontro com a jovem. Inicialmente familiares de Nataly foram presos, mas liberados. Para a polícia, eles não teriam envolvimento com o crime e teriam sido enganados pela mulher.
Desde então, Nataly segue presa preventivamente e o bebê está sob a guarda de familiares de Emelly, que aguardam a data do julgamento da assassina.