Mato Grosso registrou 107 mortes no emprego com carteira assinada e 10,7 mil acidentes de trabalho, no ano ado. Em comparação com 2021, houve 130 casos a mais, de acordo com dados do Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho. 4s5l6n
Segundo a “Distribuição dos Acidentes de Trabalho (CAT)”, disponível no observatório, Mato Grosso ocupa a 12ª posição no ranking dos estados que mais contabilizaram CATs em 2022 e representou 2% dos 612,9 mil acidentes de trabalho registrados em todo o Brasil durante o período analisado.
Entre as cidades mato-grossenses que mais fizeram registros estão: Cuiabá, com 2.210 (21%); Rondonópolis, com 800 (7%); Sinop, com 775 (7%); Lucas do Rio Verde, com 595 (6%); e Várzea Grande, com 533 (5%).
O observatório é iniciativa do SmartLab de Trabalho Decente, coordenada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) e pelo escritório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para o Brasil. As informações se baseiam em comunicações de acidentes de trabalho ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Em relação à “Concessão de Benefícios Previdenciários Acidentários, de Aposentadorias por Invalidez Acidentária, de Pensão por morte por acidente do trabalho e de Auxílio-acidente por acidente do trabalho”, no Brasil, o INSS concebeu um total de 148,8 mil auxílios-doença (código B91); 6,5 mil aposentadorias por invalidez (código B92); 363 pensões por morte (código B93); e 29.4 mil auxílios-acidente (código B94). Desses benefícios, 2 mil auxílios-doença, 175 aposentadorias, 10 pensões por morte e 182 auxílios-acidente foram concebidos em Mato Grosso.
Segundo as “Notificações de Acidentes de Trabalho (CAT)”, também disponível no observatório, os cinco setores econômicos em Mato Grosso com mais notificações durante o período analisado são: abate de reses (13%); cultivo de soja (6%); atividades de atendimento hospitalar (6%); istração pública em geral (6%); e abate de suínos, aves e pequenos animais (5%). Quanto às lesões mais frequentes, foram notificadas fraturas (23%); corte, laceração, ferida contusa e punctura (15%); e escoriações (9%).
No ano ado, o principal grupo de agentes causadores de acidentes no estado foi o impacto contra pessoa ou objeto (20% do total); seguido de agente biológico (16%); queda de altura (10%); queda do mesmo nível (10%); e operações de máquinas e equipamentos (9%). Por sua vez, as ocupações mais frequentemente citadas em notificações são as de: alimentadores(as) de linha de produção (6%); técnicos(as) de enfermagem (6%); e motoristas de caminhão (4%).
A faixa etária e o gênero das pessoas acidentadas com mais incidências são de homens entre 18 e 24 anos e entre 25 e 29 anos. Em números, são 1.600 e 1.241 casos, respectivamente.
Segundo o procurador do Trabalho Bruno Choairy Cunha de Lima, coordenador regional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho e da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, o fato de não haver mudança nas estatísticas mostra que ainda há bastante espaço para melhora da qualidade do ambiente de trabalho.
O procurador pondera que proteger o meio ambiente de trabalho não significa apenas fornecer equipamentos de proteção individual.
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